sábado, janeiro 07, 2006

Sobre os cacos

Levantei. Para juntar os cacos, separar os pronomes: o eu, o tu, o nós. Tive que jogar certas coisas. Guardar os bons momentos em um lugar escondido, qualquer. Na tentativa de escapar da saudade e deixar que tudo se torne lembrança. Havia muita coisa estilhaçada, muita dor ali parada e uma vontade imensa de correr, deixar tudo onde estava, ir para vida, ou para um bar qualquer, eu precisava dançar... Dançar a vida! Viver todos os minutos da vida e não deixar doer. Foi inevitável... No primeiro jazz e já vieram milhões de lágrimas. Que ali só podiam lavar a alma. E que feridas o amor não deixa, assim quando não dá certo? Eram tempos de doer... queria correr para qualquer lugar e para lugar nenhum. Queria avançar os minutos do relógio para bem longe dali. Queria ir... somente ir, sabe se lá para qual lugar...Queria saber o que fazer, com esses cacos, agora...

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