domingo, dezembro 03, 2006

Dezembro

O sentimento não poderia ser mais simples e cheio. E nessa tranqüilidade eu transbordo poesia enquanto você passeia pelos meus medos.Com o seu jeito desengonçado de menino.
O meu suspiro fresco, é porque desisti de procurar amor nos meus sonhos. E agora só desejo que o tempo pare, nessas manhãs preguiçosas de domingo, onde nossos pés se enroscam embaixo do lençol.
Eu agradeço ao meu sorriso bobo, refletido no seu olhar verde mel. Eu agradeço aos seus cachos que enrolam nos meus dedos. E eu agradeço a toda paz que encontro no seu ombro. Meu mais novo travesseiro.
Eu agradeço aos beijos curtos, que me causam saudades. Eu agradeço aos beijos longos que me trazem lembranças. Eu agradeço ao corpo que treme.Quando eu ainda tremo de medo de ter um dia seguinte.
Mas venho aprendendo a sorrir, quando acordo e te encontro velando o meu sono. Venho aprendendo a sorrir, quando te vejo fazer leve, aquilo que eu já vi ser tão pesado.
Choro. Choro de felicidade pelo tempo, que constrói e destrói o que a vida faz inevitável. E inevitável agora é não lavar a alma nessa tempestade que me inunda por dentro. Desentupindo as calhas velhas do meu coração.
São esses dias de verão tão sinceros, de céu azul e tempestades brutas que despencam para esfriar o calor.
São esses dias de dezembro em que te amo.

2 comentários:

Guilherme disse...

Tristeza dá mais ibope.

Helga disse...

eu encaro como criticas construtivas....