(“There’s nothing you can do that can’t be done. Nothing you can sing that can’t be sung. Nothing you can say but you can learn how to play the game. It’s easy.” – All you need is love. The Beatles.)
O amor antes dos vinte e cinco anos é uma espécie de bungee jump. A melhor parte é quando se salta rumo ao desconhecido. Os medos existem, é certo, mas nada supera a vontade de fazer a adrenalina pulsar. É tanta fé e coragem, que um estranho em pouco tempo se torna o grande amor da sua vida. E os sonhos surgem durante a queda. A inocência é um terreno fértil para que cresça um romantismo, ainda que piegas. É mais fácil acreditar. É mais fácil confiar a ponto das expectativas se tornarem boas aliadas. É mais fácil se enganar. É mais fácil.
O amor depois dos vinte e cinco é um abismo. Tão logo percebemos que estamos acompanhados, ficamos olhando um para a cara do outro, para ver quem salta primeiro. Enquanto isso não ocorre, persistimos nos agarrando a certezas incertas, que se montam diante das nossas inseguranças, nossos medos e traumas. É uma luta mais árdua. Quem criar expectativas primeiro perde. É uma longa jornada de sedução, mastigada em mensagens que piscam no celular e um romantismo evasivo, que vai e vem. É mais difícil acreditar. É mais difícil confiar a ponto dos medos se tornarem fúteis aliados. É mais difícil se enganar. É mais difícil.
O que nunca muda, antes e depois dos vinte e cinco anos, é que o amor não é fácil de encontrar. Por isso, talvez, tudo se resuma a duas pequenas coisas: coragem e paciência.
Pequenas coisas, que de tão pequenas, esqueci em alguma gaveta de mim.
3 comentários:
será que com os meus 23, posso me encaixar no grupo dos 25?
me sinto meio assim, com medo de tudo o tempo inteiro. e sem vontade nenhuma de me jogar.
ok, pode ter sido o trauma passado, mas pode ser que eu também tenha perdido essas duas coisas dentro de mim, sem nem ter tentado o bastante.
a verdade é que sempre parece mais fácil pros outros.
estranho...
beijo
Menina, você é demais...
Já me lancei, acreditando no voo livre; já me agarrei nas fendas da razão de pedra...
...esse texto diz tudo de uma maneira ímpar!
°oO{sou fã dessa Helga!}
Beijo!
Já passei dos vinte e cinco. Lindo texto. Um beijo!
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