(Tudo azul/ No céu desbotado/ E a alma lavada/ Sem ter onde secar/ Eu corro/ Eu berro/ Nem dopante me dopa/ A vida me endoida/ Eu mereço um lugar ao sol/ Eu mereço... Cazuza – Carente Profissional)
O triângulo soa. O triângulo sua. E a zabumba chama, para que então os corpos tomem a pista e falem por si.
Não é preciso palavras. Só é preciso um pouco de cerveja gelada, para evitar que o corpo derreta por inteiro. E nesse espetáculo de sinais, meus pés correspondem, celebrando um maravilhoso frenesi.
Eu rodopio. Eu danço. Eu faço. Passo de braço em braço, mas não paro de rodar em mim. E assim mesmo, eu me refaço e me desfaço, em um mesmo compasso. Já não tenho mais saudades de ti. (E sequer preciso.)
Minha vontade é apenas de me entregar a vida que pulsa lá fora. Por que regar com lágrimas aquilo que morre aqui dentro?
Talvez a vida só precise de uma sapatilha com solas de plástico, para que possa escorregar de maneira vadia por uma noite sem estrelas.
O resto é aquilo que a gente se deixa merecer.
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2 comentários:
Nada é por acaso, Helga. Muito oportuno ler isso logo hoje! Olha, linkei você no papel borrão.
Sorte na apresentação! João me falou.
Beijo grande
Ótimo texto!!
Mais uma vez o acaso me traz boas novas!
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