quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Dias assim...

Tristeza que não cabe é essa que escrevo nas linhas tortas da minha desilusão. Dor gratuita, como todas as suas ofensas são. Sempre. Será que se um dia você pisasse no meu calo, eu pularia no seu pescoço? Já não quero ter tanto poder. Pois no fim, essa força bruta apenas destrói.
Então provavelmente eu seguiria o meu caminho, como sempre fiz. Acreditando que excesso de respeito também pode se chamar amor.
Porque você simplesmente não vem e me vê de perto? Com os medos que eu nunca pude ter. Com a eterna incompetência que me sobra. Talvez eu fosse mais bonita se pudesse ter o meu tamanho.
E, por de fato ser pequena, ando alheia aos meus sonhos, trocando passos com a solidão. Nesses dias onde tudo parece cinza.
Talvez por isso correr ainda me faça tão bem. Porque a minha vontade, mais do que nunca é correr para a minha natureza, quando essa forma já não me cabe mais.
De joelhos estou sucumbindo a tudo que me dói e que tantas vezes você adora revirar.
De joelhos, eu te peço perdão por não ser tão forte assim.
E deixo a tristeza me visitar.
Hoje eu não quero ser forte.